Eis um ditado popular japonês que reflete a importância do hashi no Japão. Ela exprime o quão os palitinhos estão presentes na vida dos japoneses, desde o momento do nascimento até a morte 🥢
No Japão existe uma cerimônia chamada Kuizome (食い初め), que se realiza após 100 dias do nascimento do bebê – período que coincide com o surgimento dos primeiros dentes. Trata-se do primeiro contato da criancinha com o Hashi (箸), na qual é desejado que os filhos nunca passem fome 💕
Presente desde o café da manhã até o jantar, o hashi tem fundamental importância no dia-a-dia japonês. Existe até o Dia do Hashi, comemorado no dia 4 de agosto – que é um jogo de palavras com o número 8 (ha) e 4 (shi).
Para saber a função deles na morte de uma pessoa, deve-se levar em consideração que habitualmente no Japão se realiza a cremação, reduzindo o cadáver a cinzas. Após o processo, existe uma tradição chamada de Kotsuage (骨上げ), que consiste em recolher os ossos do falecido para armazenar no pote. Esse procedimento é realizado pelas pessoas que eram próximas a ele, passando os ossos de uma pessoa para a outra por meio do hashi 🦴
Vale mencionar também que, tradicionalmente, o hashi é fincado em uma tigela cheia de arroz nas oferendas aos falecidos. Tal ato – como todos os manuseios que remetam às cerimônias fúnebres – é considerado um dos tabus na etiqueta do hashi ❌
Caso queira se aprofundar sobre o assunto, tenho um vídeo no YouTube falando sobre os 7 tabus do hashi!